16 dezembro, 2011

AS FÉRIAS

AS FÉRIAS CHEGARAM

As férias estão entre as épocas do ano mais aguardadas pelas crianças, mas quando mal planejadas po­­dem se transformar em dias de tédio em frente da televisão. Na maior parte das vezes, o recesso es­­colar é mais longo e não coincide to­­talmente com as férias dos pais. Com isso, sobra aos adultos a tarefa de encontrar alternativas para en­­treter e ocupar o tempo dos filhos.

A promotora Janaína Bruel Marques – mãe de Tainá, 10 anos, e Pedro, 4 – tem uma carta na manga para compensar o período em que os filhos estão de férias e ela não. “Geralmente eles têm uma semana a mais. Então, colônias de férias com essa duração são uma boa alternativa”, pondera.

Dono de uma propriedade em Quatro Barras, na Região Metro­­politana de Curtiba, o turismólogo Daniel Kroetz percebeu essa necessidade de pais e, há oito anos, mantém a colônia de férias Taba-Poran­ga. Lá, instrutores – em sua maioria profissionais de educação física – coordenam gincanas, jogos, passeio pelo bosque e trabalhos manuais com material reciclável.

“As crianças ficam ocupadas do começo ao fim do dia e se divertem bastante. Tanto que a maioria volta e se torna ‘veterano’ no acampamento seguinte”, diz Kroetz. O programa de uma semana inclui transporte, alimentação, hospedagem, brindes e recordações em fotos e vídeos e custa R$ 620 – preço médio das colônias de férias na capital. O serviço é ofertado a apenas duas turmas por ano. Participam cerca de 50 crianças entre 6 e 12 anos.

Nos outros dias
Depois que o período na colônia acaba, cabe aos pais organizar o res­­tante do tempo livre das crianças. Quando pode, Janaína vai à praia com os filhos e nos dias em que fica em Curitiba opta por atividades ao ar livre, como levar os fi­­lhos ao parque para andarem de bi­­cicleta.

Crianças dão outro ritmo às viagens
“Existem crianças pelo mundo inteiro e, em qualquer lugar, elas têm as mesmas necessidades.” Essa frase, dita por um pediatra durante uma consulta, foi libertadora para a publicitária Patrícia Papp, que viajou pela primeira vez com o filho Pedro para o Nordeste do Brasil quando ele tinha apenas três meses de vida.

Pedro tem hoje 8 anos e uma irmã – Luíza –, de 3. Os dois colecionam fotos de viagens que dariam inveja a qualquer adulto. É assim que a mãe tenta mostrar a eles que o mundo é bem maior do que a própria casa (veja algumas dicas ao lado). “Existem várias culturas e religiões. As pessoas são diferentes, mas nem por isso são melhores ou piores. A cada viagem percebo que meus filhos respeitam mais a diversidade”, diz Patrícia.

Todos juntos
Os adultos também aproveitam melhor. “O ritmo das crianças é diferente do nosso. Isso acaba nos fazendo notar coisas que não perceberíamos antes, detalhes de roupas, placas. Se a criança não estivesse ali, passariam batidos”, conta. E se as crianças não se lembrarem de tudo quando forem mais velhas? “Elas não vão lembrar, mas eu vou. Eu e meu marido estamos curtindo muito fazer essas viagens com eles. A experiência vale muito a pena”, conclui Patrícia.

2 comentários:

Tania Anjos disse...

Bastante oportuno o texto, prof. Jayme.

Sem dúvida alguma é sempre uma tortura para os pais ver seus filhos sem opção de lazer nas férias. Por isso muitas crianças passam horas e horas no computador – quando podem, pois muitas ainda não têm nem essa opção.
É uma discussão interessante que pode ser levada para o âmbito privado e público (principalmente) da Educação. Por que não investir mais e melhor em entretenimento para as crianças e jovens durante todo o período das férias escolares? Por que não incluir, quando possível, os responsáveis? Como vimos na matéria, são tantas as possibilidades!

Um abraço,
Taninha.

Jayme Ferreira Bueno disse...

Taninha,
ainda bem que nós dois continuamos fiéis ao Blog.
Antes com os filhos e agora com os netos sempre procurei proporcionar a eles o melhor possível na época das férias. Felizmente, eles souberam aproveitar e extrair onhecimentos dessa época de férias, mas também de aprendizagem.
Um grande abraço,
Jayme