ventos tunisianos sopraram
e, doutros sopros, coloridas flores surgiram
e, doutros sopros, coloridas flores surgiram
as que falo: frágeis sopradas em vidro;
fortes em ébano talhadas;
belas em seda teadas;
em tafetá, ruidosos gritos
é primavera e chuva é saraivada
torniquetes de cedros-do-líbano
ajudam a deter o sangue que jorra
da seiva do damasqueiro
...
por ali – quem sabe – passou Saulo a São Paulo
por ali – quem sabe – Cristo exalou seu cheiro
Tania Anjos
***
Tania Anjos
***
5 comentários:
Possíveis amigos leitores,
nosso blog ficou fechado por algum tempo, mas estamos de volta. O mundo ferve e é difícil não exteriorizar os sentimentos.
Abraços!
Tania,
primeiramente, que bom que o blog voltou à ativa!
Depois, parabéns pelo poema com texto forte, próprio de alguém que se revolta com o sofrimento humano.
A Síria e o mundo têm se tornado palco de tanta luta, tanto sangue.
Espera-se que um dia de tanta crueza, tanta morte, tanto sofrimento possa verdadeiramente florescer a Primavera Árabe. Já será tempo.
Um grande abraço e parabéns por esse outro lado da sua poesia, a do engajamento social.
Jayme
primeiro, concordo com o Jayme, com o que disse sobre sua poesia, também sobre seu olhar engajado...
mas, também tenho que dizer, a sua poesia é linda
frágil, transparente, dolorida
e linda!
beijos
Muito obrigada, Prof. Jayme!
Suas palavras são incentivadoras e me deixam feliz.
Sim... Tomara o nome faça jus ao sofrimento daquele povo e vice-versa. Tomara as ajudas/intervenções cheguem
com o mesmo propósito.
Abraço grande!
Obrigada, Dri!!
Fico feliz que tenha gostado. Obrigada a você também pelo incentivo!!
Beijo e abraço!!
Postar um comentário