Enquanto isso no Piauí...
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Educação no estado do Piauí tem déficit de 6 mil professores
As declarações do governador Wellington Dias (PT) e da secretária de administração Regina Sousa de que o Estado não realizará concursos públicos em 2009 vai de encontro a um sério problema na Secretaria de Educação.
Segundo Antônio José Medeiros, secretário daquela pasta, o Piauí tem um déficit de 6.350 professores, e estes cargos em vacância são ocupados por substitutos.
Essa precarização no ensino não poderá ser resolvida de imediato por conta das determinações de suspender quaisquer contratações no ano que chega.
Segundo informações, os Estados da Paraíba, Sergipe e Pernambuco estão em processo de seleção de professores para a rede estadual de ensino, mesmo com a previsão de uma crise financeira.
No Piauí, a determinação é exatamente outra: conter a folha de pagamento ao máximo possível.
"Por conta da crise internacional, vamos esperar até o final do próximo ano para realizar concurso público. Temos muita carência em professores de Física, Química, Matemática e educação artística, principalmente no interior do Estado", explica Antonio José Medeiros.
O secretário de educação afirma que para minimizar esse problema o Estado irá convocar aqueles profissionais que estão à disposição de outros órgãos e secretarias para voltarem às atividades de trabalho na Educação. "Não podemos aumentar a folha de pagamento sem saber os impactos da crise, e é uma determinação do governador", afirma.
Mas, segundo o secretário, a realização de concurso público parece inevitável naquela pasta, uma vez que são muitos os professores substitutos, e dentre as metas daquela pasta no próximo ano está a ampliação da rede de ensino técnico e profissionalizante.
Antônio José adianta que em 2009, cerca de R$ 30 milhões serão aplicados no ensino profissionalizante do Piauí através do programa federal "Brasil Profissionalizado". Serão 22 milhões para salas de aula e unidades de ensino e R$ 8 milhões em laboratórios.
"Vamos passar de 29 para 35 escolas profissionalizantes e melhorar os laboratórios que já temos e construir outros.
No que se refere às escolas de ensino médio vamos reformar 150 delas, e já estamos regularizando os terrenos para a construção de outras, é uma da metas de 2009", acrescenta Antônio José Medeiros.
DP
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Fonte: TV Canal 13, Brasil
2 comentários:
Taninha,
Penso que a educação tem que ser prioridade. A Coréia investiu em educação e conseguiu resolver esse problema. O Brasil está tentando, mas continua muito longe da realidade. Li que será dobrada a verba para a educação. O senador Cristovan Buarque, ex reitor da UNB, ex-ministro da educação, ex-candidato a presidência da República, tem uma proposta que acho que seria um bom inicio. Fazer da educação um modelo único em todo pais -claro que respeitando as diferenças regionais-, mas tendo um modelo, como o banco do Brasil, por exemplo, é o mesmo sistema de agências e trabalho em qualquer lugar do pais.
Além disso, a saúde e educação devem ser prioridade. Veja em Cuba, toda a população tem acesso e a qualidade é muito superior que a do Brasil. Se Coréia e Cuba conseguiram, porque não haveriamos de conseguir também? Basta vontade política e empenho.
Mas temos que lembrar também, que tem os entraves burocráticos. Aqui na minha cidade, um ex-prefeito, PSB, ex PC do B, gastou menos que 1% a mais da verba e acabou inelegível por 10 anos. Ele que fez dezenas de creches e escolas do ensino fundamental. A educação foi prioridade na sua administração, 1998 - 2004. Na última eleição teve votos suficientes para ocupar uma cadeira de vereador, mas foi impedido de assumir, pois de acordo com a legislação feriu a Lei de Responsabilidades Fiscais.
Apelou em todas instâncias e não obteve sucesso. Conheço-o pessoalmente, é meu amigo, desde o tempo do jornal, e sei que agiu corretamente. Então nem sempre a boa intenção pode ser feita sem consequências desastrosas....
Mas acredito que seremos um grande pais, e também que temos que começar pela educação e saúde, além do trabalho....
É verdade, KA. Uma base comum de currículo, respeitando as diferenças regionais é muito importante sim.
Nós temos aqui no Brasil, em virtude dessa necessidade, os PCN [Parâmetros Curriculares Nacionais] . O que ocorre é que existem também os PPP [ Projetos Políticos Pedagógicos] que, aqui no RJ tem a Multieducação como Base Curricular comum.O Projeto Político Pedagógico se faz necessário, porque a diversidade cultural é tão grande em todo o País, estados, municípios e bairros que mesmo com uma proposta comum, precisa haver ajustes, pq as realidades são muito diferentes. Não estou falando de diferenças regionais, mas sim de camadas da sociedade, que acabam tendo necessidades muito singulares.
Mas jamais podemos deixar de considerar a base comum de cada município, estado e País . Pois seria perder o norte, a direção.
Gostei do comentário! Obrigada!
Abraços,
Taninha
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