Com a decisão dos ministros é inevitável que exista uma queda de qualidade. Patrões -sempre preocupados em economizar com salários- serão os únicos responsáveios por contratar "jornalistas", sem se importar com a formação. Se escrever bonitinho e aceitar um "estágio", ganhando uma porcaria, estará empregado. E quem sairá perdendo? Mais uma vez é a população.
Os orgãos de imprensa são responsáveis pela informação e também pela formação. Quando manipulados, podem causar estragos irremediáveis numa sociedade. Estou, agora, com dois exemplares de revistas semanais sobre a mesa: uma conhecida e bajulada; outra nem tanto famosa, mas que informa muito mais que a famosa, além de ser crítica e fazer pensar. Não darei nomes para não dizerem que se trata de propaganda ideológica; não é difícil descobrir. Existem ainda os que acreditam que qualquer um podendo se intitular jornalista, haverá mais liberdade de opnião. Ledo engano. Evidentemente sou contra a decisão daquele G-8. Recentemente comentei em um blog o assunto:
Essa decisão do G 8 é no mínimo absurda: a cúpula da justiça brasileira! Imaginem, oito ministros enterram a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para uma profissão que informa e forma opniões. Qualquer um agora pode chegar lá e ser contratado. A revista Veja, -que nada informa, mas deforma- já aplaudiu a decisão do G 8, exemplo que espero, não seja seguido por outros orgãos, sérios, de comunicação.
Quando fui fazer o vestibular na PUCC, fui lá e cravei seco em primeira opção: Jornalismo. Era isso que eu queria, me interessava por isso. E foi esse curso que fiz. Depois vieram outros, por necessidade, mas por escolha mesmo foi o de jornalismo.
Com a desculpa de que a obrigatoriedade é uma herança da ditadura militar, chegam e liberam tudo para quem quiser entrar. Liberô geral.
Proponho ao grupo dos 8, senhores ministros, que acabem com a obrigatoriedade do diploma também para outras profissões, comecem pelo curso de direito, senhores magistrados. Bastaria os senhores decorarem os códigos civis, penais, aprederem meia dúzia de palavras difíceis e estariam aptos a julgar. Ah... mas se o cara for bom em matemática, que seja engenheiro; e se gostar de cortar carne, seja médico cirurgião... tudo sem diploma, apenas com o esforço e a boa intenção. Mas não posso deixar de lembrar que de boa intenção o inferno está cheio.
Meritíssimos, cursos para quê? Tudo já virou mesmo um meretrício!