“Anthropologie Structurale”, 1967
" O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas".
"The Raw and the Cooked", 1964.
“A linguagem é uma razão humana que tem suas razões, e que o homem não sabe.” –
“La pensée sauvage”, 1963.
“Nada se parece mais com o pensamento mítico que ideologia política.” –
“Anthropologie Structurale”, 1967.
“A humanidade está constantemente às voltas com dois processos contraditórios, um tende a criar um sistema unificado, enquanto o outro visa manter ou restaurar a diversificação.” –
“Race et histoire”, 1952.
Sugestão de Leitura - Blog do Prof. Jayme Bueno:
http://jaymebueno.blogspot.com/2009/11/claude-levi-strauss-pensador-frances-e.html
Vale a pena conferir!
5 comentários:
Taninha,
que bom, pensamos igual! Quando vi o seu post sobre Lévi-Strauss, eu estava retocando o texto sobre esse pensador exatamente para postagem. Foi interessante que tal acontecesse, assim eles se complementam, em perfeita intertextualidade (um dos conceitos derivados do Estruturalismo, no que se chamou Semanálise).
Um grande abraço,
Jayme
Prof. Jayme,
li pouco sobre Lévi-Strauss, mas me chamou atenção a questão de sua ótica sobre pensamento quando diz não haver diferença significativa entre o pensamento primitivo e o civilizado e, sobre a linguagem, quando diz que a passagem do animal natural ao animal cultural se dá - também - através da aquisição desta.
Brilhante!
Obrigada pela presença.
Abraços,
Taninha
A intertextualidade aqui, parece se dar entre Strauss, Piaget e Vygotsky. Corrija-me se eu estiver equivocada.
Bjs, Prof.
Lévi-Strauss foi um Pensador.
Amplo.
Se vc pega a afirmação de que nada se parece mais com o pensamento mítico do que as ideologias políticas, pode analisar o substrato mítico-religioso-pagão do Terceiro reich, em minúcias. "Reigião Laica" arquitetonicamente engendrada. O Marxismo também é uma "devoção laica", com temas míticos adotados com fervor por um judeu materialista: Marx.
A Psicanálise, em sua contrução inicial, por Freud, era uma "Igreja" até com um círculo interno de fiéis apóstolos (com anéis e tudo), dos quais participavam só as ovelhinhas: Ernest Jones, Karl Abraham. Transcrevo abaixo um trecho do texto de Rosana Machado sobre o tema:
"Depois da dissidência de Jung, a mais importante do movimento, é criado, por sugestão de Jones, o “Comitê Secreto”, que serviria para preservar a doutrina de desvirtuamentos e onde cada membro jura o não questionamento dos princípios psicanalíticos publicamente. Para selar a união do grupo, Freud oferece um anel a cada um do grupo. Faziam parte do Comitê: Freud, Jones, Ferenczi, Rank, Abraham e Sachs. Mais tarde se juntaram a eles: Anton Von Freund e Eitington. Anna Freud, Lou Andréas Salomé e Marie Bonaparte também receberam mais tarde o anel do Comitê das mãos de Freud.
O Comitê existiu até 1927, quando Rank abandonou o movimento freudiano. Deste grupo, Jones era o único não judeu".
Quer algo mais mítico-iniciático-político-étnico do que isso?!
Lévi-Strauss apontou para muitas estruturas arcaicas. Inclusive para elementos estruturais dos messianismos laicos. E a indagação inter-étnica (com as invariantes eventuais subjacentes à pluralidade as culturas) revelou-se um belo ponto de partida para fecundas indagações.
A Etnologia e a Antropologia Cultural (além da Sociologia, da Filosofia e da História) são ferramentas indispensáveis para se pensar qualquer das Ciências Humanas. E eu acrescentaria, nos dias de hoje, os seguintes tópicos: Mitologia Comparada e Religião Comparada.
Lévi-Strauss foi um amplo Pensador.
Abraços,
Marcelo.
Excelente comentário, Marcelo. Obrigada!
Lévi-Strauss fez mesmo jus ao título de Pensador.
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