11 fevereiro, 2011

Hosni Mubarak renunciou

Comemoração nas ruas do Cairo: 
o presidente Hosni Mubarak renunciou.

Até aqui no Brasil houve comemorações por parte de egípcios. Mas será que os egípcios mundo afora já têm, realmente, o que comemorar? Sei não... Tomara, pois obtiveram grande e histórica vitória derrubando um "mandato" de três décadas.

A questão é que tudo isso é só o começo de um sonho para aquele povo tão submerso nas águas - ou melhor:  nas areias -  profundas e traiçoeiras de uma ditadura/tirania que atravessou séculos e séculos.

Bem... Nada como a democracia - mas não nos enganemos, o caminho é por demais árduo.

Acompanhe:


2 comentários:

KA disse...

Taninha,

Os egipícios estão reconstruindo um novo país. Depois de duas semanas na praça, agora eles começar a reconstruir tudo,com vassouras e tintas, tiram a sugeira das ruas e praças, acreditando que a maior delas já foi eliminada: Mubarack.
Até agora o ex-vice presidente se sustentou no poder porque teve o apôio dos americanos. Quando a situação ficou insustentável, foi abandonado.
E agora o que virá?
O Egito tem grande importância estratégica e ao lado da Arábia Saudita é o único país mulçumano a manter relações como estado de israel, aquele estado terrorista que continua invadindo terras e assassinando Palestinos.

Tania Anjos disse...

Bem...Pelo que entendo do que tenho lido, EUA e Israel estão, no momento, numa situação confortável; "sem ameças" aos seus interesses econômicos e políticos. O Exército Egípcio também, pois está numa posição de comando do País "por consequência da queda de Mubarak" - entre aspas, pq de certa forma já governava; mantendo sempre boa relação com Mubarak. Não houve golpe ou qualquer coisa do gênero.

Quem ainda não se sente nem um pouco confortável é o povo - que está sem saber exatamente como a sonhada democracia se dará - sendo/estando governados pelo Exército; sem Parlamento e sem Constituição.

Complicado, não? Poeticamente falando, "não há rima"... Mas ninguém resiste a um bom diálogo, uma boa prosa... Enfim, um bom "jogo" de palavras. E "é aí que mora o perigo". O povo que fique atento - em todas as partes do mundo; diga-se de passagem.

Mas, que o abalo no mundo árabe foi grande, foi. Foi, não; está sendo. Um "abalo sísmico" de enorme proporções. Ou seja, a queda de Mubarak foi um divisor de águas simplesmente por mostrar a força da pressão do povo. A preocupação de Israel e EUA e todo mundo árabe, deve estar no efeito disso tudo.

A verdade é que falamos do que não sabemos, pois a história está sendo escrita a cada segundo. Tudo que leigos como eu - ou mesmo os grandes comentaristas políticos - escrevem e dizem, são conjecturas...